Quando todas as coisas são as tuas coisas favoritas

setembrominimalista 03

Quando paramos de comprar coisas por impulso, e nos livramos daquilo que não tem importância nas nossas vidas, sucede-se algo muito estranho: parece que tudo o que temos (e as poucas coisas que compramos) são sempre as nossas coisas favoritas. E é uma sensação fantástica!

Antes de conhecer o minimalismo, tinha bastantes mais coisas que aquelas que tenho agora e comprava maioritariamente com base num único requisito: o preço. Portanto, se era barato, mesmo que eu não gostasse assim muito, comprava. Só para o caso de algum dia precisar.

O que efetivamente acontecia era que, muitas vezes logo ao chegar a casa, percebia que não gostava assim tanto daquilo que tinha comprado, e deixava parado a um canto, ou colocava no fundo de uma gaveta. A certo ponto, já não sabia o que tinha e o que não tinha. E se estas coisas não me faziam falta, era porque também não adicionavam assim tanto valor à minha vida.

Por isso comecei a questionar a utilidade de cada uma das minhas coisas e de tudo o que comprava. E percebi que a maior parte não tinha utilidade nenhuma. Deixei de comprar por impulso, passei a ponderar todas as minhas escolhas e, aos poucos, fui-me “desfazendo” daquilo que não me fazia falta.

O meu processo começou há dois anos e ainda vai muito no início. Mas (quase) tudo o que comprei desde que comecei esta jornada são mesmo as minhas coisas favoritas. E não as trocava por nada!

Não é um processo fácil e muito menos um processo rápido, mas é extremamente libertador! Claro que vão existir sempre momentos mais complicados e com possíveis “recaídas”, mas o importante é não nos esquecermos que o objetivo final não é ter mais coisas ou menos coisas: é ter coisas melhores! E, se possível, que sejam todas as nossas favoritas.

Mas atenção: não vamos começar agora a fazer remodelações à casa, a deitar roupa fora e a comprar coisas novas só porque as que temos não são as nossas coisas favoritas. Este é um processo que leva tempo, e que deve ser feito com calma e de uma forma muito consciente.

Mas é para começar já. Devagarinho.

Portanto, fica a pergunta: o que é que efetivamente traz valor à tua vida?

 

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