Em apenas 8 meses, já gastamos tudo o que o planeta nos pode dar para um ano. A partir de hoje, estamos a consumir mais recursos  que aqueles que o planeta consegue renovar num ano.

Emitimos mais dióxido de carbono para a atmosfera do que aquilo que os nossos oceanos e florestas podem absorver. Pescamos e colhemos mais e mais rapidamente do que aquilo que conseguimos reproduzir e fazer reflorescer.

“Portugal é um contribuinte ativo para esta situação, uma que se, se todos os países tivessem a mesma pegada ecológica que nós, seriam necessários 2,3 planetas [para sustentar o nosso estilo de vida]”, diz a associação ambiental ZERO

» Todos os anos, cada vez mais cedo

A última vez respeitamos o nosso orçamento natural anual foi em 1970.  No ano de 2000,
quando começaram a ser analisados estes dados, ultrapassamos este limite a 5 de outubro, que passou de forma cavalgante para 2 de agosto, em 2017. E cada vez vai ser mais cedo. Porque toda a gente sabe, mas ninguém se importa.

» O que podemos fazer para reverter esta tendência?

Em Portugal, as atividades que mais contribuem para a pegada ecológica são o consumo de alimentos (32% da pegada global do país) e a mobilidade (18% da pegada).

“O ponto fulcral deverá ser a redução no uso de materiais, a promoção da reutilização e a extensão dos tempos de vida dos bens e equipamentos. Para ser eficaz, teremos que mudar o paradigma de ‘usar e deitar fora’, muito assente na reciclagem, incineração e deposição em aterro, para um paradigma de ‘ter menos, mas de melhor qualidade’“, defende a ZERO.

A promoção de uma dieta alimentar saudável e sustentável, com a redução do consumo de proteína de origem animal e um aumento significativo do consumo de hortícolas, frutas e leguminosas secas, é outra das propostas da associação.

Estamos a matar o planeta. Mas, para já, não somos nós que vamos sentir as consequências. Quem se importa?

#EUNAOQUEROSABER é uma rubrica do âncora verde que pretende alertar para os problemas ambientais que assolam o planeta.

O press release completo da associação ZERO pode ser acedido aqui.